É difícil pensar em uma alimentação diária e excluir a farinha branca. O ingrediente está presente nas massas e também nos pães, biscoitos e bolachas. Porém, embora faça parte da lista de alimentos saborosos, ela pode agir como vilã da boa saúde. Veja porque e como substituí-la.
Os malefícios da farinha branca ou refinada estão diretamente relacionados à ausência de fibra. Até 80% de suas propriedades são destruídas no processo de refinamento que elimina a casca e o gérmen, partes ricas em fibras, vitaminas e sais minerais.
“A farinha branca é um ingrediente pobre em nutrientes e de alto índice glicêmico. Tem ação semelhante ao açúcar no organismo, aumentando a taxa de glicose no sangue e, por isso, o consumo em excesso está associado ao aumento de triglicérides e incidência de diabetes, obesidade e doenças crônicas”, explica a nutricionista Cintya Bassi.
Por ser digerido rapidamente, o alimento não provoca a sensação de saciedade e, assim como açúcar, pode causar compulsão alimentar. “Com a mesma rapidez com que o açúcar se eleva no sangue e aumenta os níveis de serotonina, hormônio ligado a sensação de bem estar, ele também baixa, podendo gerar em um curto período de tempo, uma necessidade de consumir mais do alimento”, alerta a especialista.
Mas, o cardápio não precisa mudar bruscamente para que o ingrediente seja eliminado da dieta. Além da versão integral, que mantém parte da casca e do gérmen, também é possível substituir a farinha branca por outros grãos.
Com pequenas alterações as receitas podem continuar saborosas e ainda mais saudáveis. Confira quais são as possibilidades:
Farinha de amêndoas: obtida através de amêndoas, amendoins ou castanhas, este tipo de farinha é rico em proteína e gorduras boas que combatem o colesterol. Utilize para empanar carnes e peixes ou engrossar caldos. Atente-se para o curto prazo de validade. Isenta de glúten.
Farinha ou fibra de soja: rica em cálcio, fibra e antioxidantes, além de ser pouco calórica e substituir a farinha branca, a farinha de soja é isenta de glúten. A substituição pode ser completa ou dosada com outro farináceo. Utilize em receitas de pães, bolos, massas, panquecas ou para engrossar caldos.
Farinha de aveia: fonte de fibras solúveis, a farinha de aveia, além de ajudar no funcionamento do intestino, ainda ajuda no controle do colesterol. É uma das mais conhecidas substitutas da farinha de trigo.
Farinha de chia: rica em proteínas de fácil digestão e fibras, a farinha de chia aumenta a sensação de saciedade. Prefira o ingrediente misturado com outras farinhas e em receitas salgadas. Já o grão pode ser consumido em saladas, frutas e com iogurtes. Isenta de glúten.
Farinha de quinoa: obtidas através da moagem do grão, a farinha de quinoa é rica em ômega 3 e 6 e cai perfeitamente em receitas de pães e tortas salgadas. Isenta de glúten.
Farinha de linhaça: rica em gorduras boas, a farinha de linhaça ajuda no combate ao colesterol. Acrescente misturas dela com outros tipos de farinha em receitas de bolo, pães e tortas ou consuma com frutas, saladas e vitaminas. Isenta de glúten.
Farinha de amaranto: farinha escura, o tipo é indicado para bolos de chocolate, cookies ou pães escuros. Assim como o grão, a farinha é rica em proteínas, fibras e altamente indicada para gestantes. Isenta de glúten.
Farinha de arroz: feita através da moagem do grão, a farinha é grossa, além de ser rica em fibras e vitaminas. Misture com outra farinha mais leve para receitas salgadas. Isenta de glúten.
Farinha de banana verde: farinha de que diminui a absorção de gordura, a farinha de banana verde tem gosto amargo e deve ser misturada com outros ingredientes para disfarçar o gosto.
Farinha de tapioca: obtido através da fécula de mandioca, a farinha de tapioca é isenta de glúten e uma ótima opção para substituir pães, torradas e panquecas feitos com farinha branca.
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